sábado, 27 de dezembro de 2008

The End.

Esse ano voou. Nas asas de um jato. Vejo as pessoas comemorando o Natal e o começo de um novo ano, sendo que nem vi esse passar... Na verdade, passou, mas despercebido por mim. Entrei de férias com a estranha sensação de estar vazia, é como se esse ano tivesse passado em branco.
Não entrei naquele clima, como quando eu era criança. Chegava o fim do ano e eu esperava ansiosa a chegada do Sr. Noel, e ficava emocionada ao montar o pinheirinho e todas as outras coisas, como de praxe. Esse ano? Nada mais tive do que a tradicional reunião de família, sem emoção nenhuma. Reconheço que foi a melhor das reuniões, mas para mim pareceu somente mais um jantar, e ainda não caiu a ficha de que daqui a alguns dias entraremos em 2009.
2009... 15 anos... Ensino Médio... Me parecia tudo tão distante, e agora sinto-os tão perto que posso pegar com as mãos. Acho que é por isso que tantos dizem para aproveitarmos a vida, pois ela passa rápido demais. Num piscar de olhos troca o ano, perdemos as chaves, conquistamos uma amizade. Numa fração de segundo perdemos uma pessoa querida, perdemos um amor, perdemos uma vida. E é impossível frear. É impossível segurar esse avião a jato.
E vejo pessoas enlouquecidas andando de loja em loja, procurando presentes que agradem ao bolso e a quem vai receber. Vejo namorados preocupados com o presente perfeito, pais procurando o brinquedo que o filho tanto quer. E isso só mostra o quanto o ser humano é materialista, pois parece que não existe felicidade sem presente. Assim como vi esse ano, perto do Dia dos Namorados, vários cartazes em forma de coração numa vitrine com os dizeres: "amor exige presente". Senti um angústia, pois passava por alí todos os dias na volta da escola e aquilo soava como uma lavagem cerebral, como se as pessoas não pudessem se amar sem um pacote bem enfeitado. Às vezes, esquecemos que o próprio presente é a presença daquela pessoa especial alí do nosso lado, nos apoiando e nos fazendo felizes. Esquecemos que presentes, se forem quebrados ou perdidos, podemos comprar novamente. Mas vidas e amores, não. Se quebramos a confiança de alguém, podemos remendar, mas não será igual. Se perdemos um amor, só Deus sabe se ele volta. Se perdemos uma vida...
É por isso que, nesse Natal, a minha lista para o Sr. Noel continha apenas 1 pedido: "Quero a família reunida para mais uma ceia feliz." Os outros presentes? Que se danem. Estão no meu quarto, intactos. E aguardo a chegada do ano novo, para renovar esse meu espírito tão cabisbaixo. É como dizem: "Ano novo, vida nova."
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"Então é Natal, e o que você fez?

O ano termina e nasce outra vez.

Então é Natal, a festa Cristã

do velho e do novo, do amor como um todo.

Então bom Natal e um ano novo também.

Que seja feliz quem souber o que é o bem." ♪♫♪ (Simone)

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

The rest is just the rest.

Amor tem o poder de mudar tudo. Faz até as pessoas mais frias derreterem como manteiga. E é o que me faz continuar.
Tem dias que, ao abrir os olhos e pensar que terei mais um dia vazio, sinto um desânimo em mim, um aperto no peito. Mas só de pensar que eu posso mudar as coisas, ou que alguém pode mudar por mim, procuro logo meus chinelos e vou a banheiro lavar o rosto. Nunca acreditei que as pessoas ficassem bobas quando apaixonadas; mas um coisa é ler, outra coisa é assistir, e outra bem diferente é sentir.
Mas não falo só do amor entre namorados. Amigos e família também contam, uma vez que esse segundo é nosso porto seguro. A família é a única garantia de que voltaremos para casa e teremos alguém que vai nos apoiar em qualquer situação, que vai nos amar incondicional e irrevogavelmente até o fim.
Ah, mas não podemos pensar que vivemos junto com a Branca de Neve. Não, sejamos realistas: nem todo mundo te ama, e esse é o segundo pensamento que me ocorre antes de procurar os chinelos. Quanto mais perfeito você é, mais odiado também. Nunca vamos odiar alguém que não proporcione nenhum risco para nossa vida. Aliás, nunca damos bola para esse alguém, e pode ser esse alguém que te faça ver a vida de outra forma, que te faça levantar pela manhã.
Mas o pior dessas pessoas mesquinhas, que odeiam tanto as outras, é que são ótimas atrizes. Frente a frente, criaturas divinas dignas de uma auréola no topo de suas cabeças. Pelas costas, te apunhalam com um facão de açougueiro. E puxam os fatos passados, aqueles que você fez questão de esquecer, para espalhar. Sim, fofocas sórdidas sempre são muito mais interessantes que histórinhas perfeitas, as quais já estamos cansados de ouvir. Mas o que não lhes ocorre é que as pessoas mudam, e aprendem com os próprios erros. Embora hajam controvérsias, eu acredito que as pessoas possam mudar, e sou um próprio exemplo disso. Por isso que eu não me importo com o que dizem pelas minhas costas: se a pessoa gosta realmente de mim, ela não vai ligar para reputação. Ela vai ligar para o que sou, para o que faço. O resto é somente detalhes, somente resto.
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Então se ligue
busque felicidade
pra existir história tem que existir verdade... ♪♫♪
(Nx Zero)

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

O começo do fim.

Esgotou a paciência. Pronto, acabou. O que eu disse temer nos primeiros posts está acontecendo: preguiça de escrever. Entrei aqui um pouco só para não perder o costume. Vou desativar, me desanimei principalmente com você que está lendo esta merda agora. Computador enjoa. Contatos virtuais enjoam. Descobri que falar pessoalmente é a melhor coisa a se fazer, que desabafar com algo de carne e osso, repleto de músculos, nervos e emoções é único e vai ter sempre algo a acrescentar. Não que boas conversas no msn também não possam ser produtivas, uma vez que ultimamente andei tendo conversas bem picantes por aí. Mas é tudo sempre tão igual, sem vida... tudo tão azul, tão sei lá. Houve quem me disse para mudar as cores, mas não é essa a questão: posso colocar meu msn amarelo com bolinhas laranja que não vai mudar meu pensamento a respeito do mundo virtual.
Eu tinha esse mesmo pensamento enjoado antes de entrar para esse mundo, e vejo que volto a tê-lo. Ainda mais agora: horário de verão, calor, sol e muito suor. Não troco isso nem pelo melhor computador do mundo, nem pela internet mais rápida. Muito menos pelo útimo joguinho da moda. Poupe-me.
Desculpem pelo desabafo novamente, vocês devem pensar que eu só reclamo da vida. Mas a preguiça de hoje foi tão grande que provocou o sentimento contrário, e tive que vir escrever só para registrar esse momento. Mas, a partir de agora, os posts serão bem mais esporádicos. E se alguém tiver algo a declarar, comente aqui agora ou pare de bisbilhotar para sempre. ☼

sábado, 15 de novembro de 2008

O momento mais especial. ♥

Talvez não tenha sido da forma mais romântica, talvez não tenha sido no momento que eu esperava. Me pegou de surpresa, me deixou alguns segundos sem ar, me fez flutuar. Um momento um tanto quanto confuso, e confuso é até agora.
As três palavrinhas mágicas, um beijo, um pedido de namoro. Uma noite inesquecível.
A festa foi horrível. Mais uma vez dava para contar as pessoas que estavam lá com os dedos da mão. Mas pelo simples fato de tê-lo comigo, de abraçá-lo e beijá-lo, o que tinha ao nosso redor parecia insignificante. Não, não parecia. Era insignificante. Ele é a coisa mais importante para mim.
Acordei hoje com um frio na barriga. No primeiro instante pensei que era fome, mas não. Era uma sensação boa, e ao mesmo tempo preocupante. Enfim, namorados. Agora, tudo muda, e ainda não consegui organizar minhas idéias direito. Me sinto meio alienígena, entrei cedo demais nesse mundo que eu imaginava entrar daqui uns 3 anos. Mas é um risco a correr, e por amor tudo vale.
Achei que o momento de contar tudo aos pais seria mais o traumatizante. Contei de uma forma mais simples, mais light, para eles se acostumarem com a idéia. Aos poucos eles vão cair na real, e vão ver que a princesinha deles cresceu. Um pouco chocante, um pouco inesperado. Até para mim, eu diria.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Sentir-se amado

O cara diz que te ama, então tá. Ele te ama.
Sua mulher diz que te ama, então assunto encerrado.
Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas. Mas saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra, uma diferença de milhas, um espaço enorme para a angústia instalar-se.
A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e verbalização, apesar de não sonharmos com outra coisa: se o cara beija, transa e diz que me ama, tenha a santa paciência, vou querer que ele faça pacto de sangue também?
Pactos. Acho que é isso. Não de sangue nem de nada que se possa ver e tocar. É um pacto silencioso que tem a força de manter as coisas enraizadas, um pacto de eternidade, mesmo que o destino um dia venha a dividir o caminho dos dois.
Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, que sugere caminhos para melhorar, que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida em você, caso você esteja delirando. "Não seja tão severa consigo mesma, relaxe um pouco. Vou te trazer um cálice de vinho".
Sentir-se amado é ver que ela lembra de coisas que você contou dois anos atrás, é vê-la tentar reconciliar você com seu pai, é ver como ela fica triste quando você está triste e como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d´água. "Lembra que quando eu passei por isso você disse que eu estava dramatizando? Então, chegou sua vez de simplificar as coisas. Vem aqui, tira este sapato."
Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta.
Agora sente-se e escute: eu te amo não diz tudo.
(Martha Medeiros)

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

My fairy tale.

De repente, elas se calaram. Ficaram mudas, estáticas, sem vida. Peguei-as no colo, na esperança de que acordassem desse sono, que falassem novamente comigo e pedissem para brincarmos juntas. Mas não foi o que aconteceu. Tornaram-se apenas bonecas jogadas na minha estante que entraram no mais profundo dos sonos, para nunca mais acordarem. Acabou a infância.
Já sinto falta desse tempo, apesar de ele não ser tão distante. E me arrependo de ter desejado sair logo daquele mundinho para entrar logo na adolescência e provar o mundo real. Queria que elas voltassem a falar comigo para brincarmos horas e horas sem parar, como nos velhos tempos. Bons tempos.
É por isso que procuro me desligar de vez em quando, tento fazer como fazia. Mas agora sem todas aquelas "amigas" que me faziam companhia, que me ouviam caladas e posteriormente me davam conselhos com a maior atenção, sem brigas. Agora é tudo escuro, silencioso e, quando acordo, me deparo com esse mundo marginal. Ficou tudo tão diferente!
Não tem mais o que fazer, é outra fase agora. Talvez seja por isso que agora buscamos essa atenção nos outros, buscamos nosso conto de fadas no mundo real. E o meu está apenas começando.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Gosto de ser contrariada, portanto...

Há alguns dias que observo que o número de visitantes aqui aumenta e, os comentários, diminuem. Vocês, caros leitores, não sabem o quanto é desgastante para nós, meros seres que escrevem em blogs, ver seus últimos posts sem comentários. E o pior de tudo é que eu sei que os posts foram lidos, pois vieram falar comigo pessoalmente, mas ninguém perde seu "precioso" tempo nem para registrar a sua opinião aqui.
Eu sei que o que querem são fofocas, detalhes, mas não é digno. Lêem o que eu sinto aqui, sabem o que acontece comigo... Para quê? Para comentar minha vida em uma rodinha de amigos e rirem da minha cara até a barriga doer? Pois o façam, então. Mas saibam que este não é meu objetivo principal.
Certo, estou num péssimo dia. Não, não é culpa de ninguém... nem mesmo do sol. Bem pelo contrário, pois este veio a brilhar mais do que nunca na tarde de hoje, comparando aos últimos dias. É, apenas levantei com o pé esquerdo. Tenho pena de quem conviveu comigo hoje, eu não estava uma das mais simpáticas garotas que tem por aí.
Ainda bem que minha mãe está numa janta, e eu, aqui sozinha. Adoro ficar sozinha à noite - ainda mais em noites quentes - com um bom suco de laranja. Não que isso aconteça freqüentemente, mas acho que é por isso que eu gosto tanto. Não é como à tarde, que já estou acostumada... Sei lá: o escuro, o ventinho quente que acaba de passar suavemente pela minha nuca, o irritante canto dos grilos... Tudo parece perfeito em um olhar um tanto quanto otimista. Mas meus olhos ardem, minhas costas doem e o sono pesa em minhas pálpebras. E ainda tenho a terrível preocupação de que amanhã tem prova e eu NÃO vou estudar, nem que me amarrem junto ao livro. Ninguém merece saber sobre o relevo da ÁFRICA, por favor!
É, talvez eu tenha descoberto o real motivo de não haverem comentários aqui: minhas reclamações não são tão legais de serem lidas. Vocês estão certos: não comentem. Isso aí, não percam seu tempo. Não até eu melhorar meu humor.

domingo, 2 de novembro de 2008

Pós Debut.

Prometi comentários sobre a festa para alguns leitores hoje. Mas não estou com a mínima criatividade para isso, então, o que vou fazer para não decepcioná-los é uma breve análise.
Eu fui para me divertir com as amigas, e foi o que fiz. Peço desculpas às que decepcionei por ter ficado um pouco mais alegre do que o normal, e prometo não repetí-lo. As lágrimas não foram planejadas, e peço desculpas novamente, pois não foi a intenção.
Me arrependi de ter ido no momento em que dei o primeiro passo fora do carro. Não tinha muita gente, tava frio e, pela segunda vez, tive a impressão de que minha cama era mais atraente. E também porque ele não estava lá.
Bom, o salão tava vazio e aquilo mais parecia uma reunião da escola do que uma festa propriamente dita. Acho que dava para contar nos dedos as pessoas que não estudavam no Lourdes, se eu tivesse umas 4 mãos. Mas o que importa é que todas as amigas estavam lá, e nós nos divertimos.

O ruim é que ele ficou chateado por eu ir mesmo sem ele. Espero que ele entenda meu lado, pois é uma das poucas vezes que nós (gurias) saímos juntas à noite. Do mesmo jeito que ele também sai com os amigos à noite, e eu fico aqui, com o coração na mão, porque eu nunca sei aonde estão, nunca sei o que estão fazendo. Mas festas, agora, vai demorar. Eu não tava preparada para mudanças tão drásticas na rotina, dando sempre satisfações sobre o que fiz ou vou fazer, e com quem. Estou me adaptando à nova situação, e "um degrau de cada vez, é assim que tem que ser".

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(gostaria de ler a opinião de outros sobre a festa, então, se possível, comentem aqui)

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

I'll always love you, ♥

As coisas mais lindas que já lí na minha vida. E para mim. A música mais perfeita, as palavras mais doces, os sentimentos mais puros.
As lágrimas surgiram e escorreram pelo meu rosto como um pequeno rio, mas não de tristeza. Foram as lágrimas mais emocionadas e felizes que já andaram por meu rosto, que eu considerava até aí tão frio, por nunca ter me apaixonado de verdade e por nunca ter me importado muito com sentimentos. Mas se dessa vez não é amor, eu não sei o que mais pode ser. Cada um descreve esse sentimento de uma maneira, cada um tira suas conclusões, mas ninguém sabe ao certo como realmente é. E, se é o que sinto agora, é a melhor sensação de todas. Acreditem.
Não existe um definição certa. Nem se eu buscasse todas as palavras do mundo, nem se eu usasse todos os recursos: é a coisa mais complexa e, ao mesmo tempo a mais simples. Fica entre a loucura e a lucidez, mas vai mais além. Tem seus mistérios guardados no baús mais empoeirados do sótãos mais assombrosos, e ninguém nunca vai achar. Nunca. Mas, se por um acaso alguém descobrir, grite em alto e bom som, que eu também quero escutar.
Desculpem minha rima barata, mas agora não restam mais dúvidas: é com ele que eu vou ficar, custe o que custar. Porque esse é meu amor, que pra sempre eu vou amar. ♥
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http://letras.terra.com.br/lifehouse/72329/
(nossa música. Te amo, Esdra. ♥)

sábado, 25 de outubro de 2008

Espero não cair dessa nuvem.

Cheguei em casa, ninguém aqui. Sempre bate uma certa tristeza quando me vejo sozinha nos finais-de-semana, talvez por estar tão acostumada a partilhar um chimas com meu pai, ou até mesmo sair com a minha mãe nem que seja para ir ao mercado. Como desde pequena foi assim, agora é um pouco estranho.
Mas hoje aproveitei o silêncio da casa para pensar um pouco. A noite de ontem foi demaaaais, pelo simples fato de estar com minhas amigas. Talvez não as mais próximas, com os assuntos mais íntimos, mas as amigas. E é isso que me deixa feliz. Prefiro reuniões assim, com poucas pessoas, mas que se dão bem e conseguem se divertir assim, na simplicidade, do que festas cheias de gente desconhecida onde as únicas pessoas que você conhece dentro do salão estão chorando por motivos um tanto quanto banais.
Mas enquanto eu ouvia os pingos da chuva, senti um pouco de medo. Eu estou tão feliz ultimamente que não acho normal. Ninguém tem uma vida tão feliz assim, tão perfeita. E quanto mais nas nuvens, mais me sinto insegura. Porque no momento que eu cair, a queda vai ser maior. E isso me assusta.
O ano passado foi completamente diferente, principalmente alí na reta final, nos últimos meses. Apesar de terem acontecido coisas boas realmente marcantes para mim, eu me sentia infeliz. Muito infeliz. Cheguei até a mudar um pouco meu jeito de agir, por conta dessa infelicidade. Eu sentia minhas amigas cada vez mais distantes, me sentia excluída. Tinha vontade de chorar e gritar o tempo todo, mas eu não tinha ninguém alí do meu lado pra me acalmar. E as que estavam, eu conseguia perceber no fundo um pouco de falsidade. Tão diferente de agora, que me sinto tão bem!
Talvez pareça um pouco de exagero, mas era assim que me sentia. E o mundo deu uma volta extremente brusca, onde tudo foi para o lugar.
Agora, nesse intervalo entre momentos felizes, a chuva me despertou esse medo. Não consigo acreditar que tudo vai tão bem: me sinto amada pelo homem que amo, descobri amigas incríveis, não sinto ódio de ninguém. Estou tendo o melhor ano até agora, e espero que tudo sempre possa ser melhorado. Começando pelo clima: desejo o sol brilhando amanhã pela manhã, para que a chuva não volte com esses pensamentos ruins.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Mal inventado, mal repassado.

A nossa primeira briga foi no dia que comemoramos um mês desde o primeiro beijo. Confesso, foi uma coincidência enorme, e eu só soube disso ontem, quando olhei o calendário. A briga foi feia, mas o coração bateu mais forte e agora está tudo bem. Melhor que antes até, eu diria.
Tudo graças a uma cena mal interpretada, uma mentira mal inventada e uma fofoca mal repassada. Por um instante pensei que tudo ia desmoronar, e eu ia, dessa vez, seguir sozinha. Mas eu não desisto fácil, e eu não ia deixar uma invenção derrubar algo concreto. Odeio que mintam sobre mim, odeio que desconfiem de mim. Nunca fui de dar bola à reputação, uma vez que reputação é uma inútil e falsa atribuição: tanto é adquirida sem merecimento, como perdida sem motivo. Por isso, prefiro acreditar na própria pessoa, e não no que dizem sobre ela. Informações passam de boca em boca e se distorcem, principalmente em cidade pequena como a nossa. Acontece que não confio em mais ninguém. Até porque nem todos podem ser amigos e nem todos os amigos merecem confiança.
Ok, eu confio sim. Mas em 2 pessoas. Os segredos mais sujos, os pensamentos mais ruins, as coisas mais felizes. Só elas sabem, e, mesmo assim, não sabem de tudo. Tem coisas que eu guardo pra mim e somente pra mim. E nem tente me arrancar, é impossível.
Mas se o que inventaram foi pra nos prejudicar, felizmente não conseguiram. Teve o efeito contrário, e mesmo que "brigados", foi nossa primeira conversa realmente séria: olho no olho, com todas as cartas na mesa. E depois disso, muita coisa mudou. Pra melhor. Obrigado, mentirosos de Farroupilha. Continuem assim. Espero que não estraguem mais minha vida nem a de mais ninguém, mas o feitiço sempre volta contra o feiticeiro, e vocês podem ser as próximas vítimas. :*

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"Sometimes the system goes on the blink
And the whole thing turns out wrong
You might not make it back and you know
That you could be well, oh that strong
And I'm not wrong" (Daniel Powter - Cause you had a bad day)

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

E se ele te pedisse em namoro?

Engoli isso como se tivesse engolido uma faca. Só sei que por um instante tudo ficou branco e o ar que eu estava respirando foi todo sugado para bem longe de mim. E se ele me pedisse em namoro meeesmo, o que eu responderia?
Nunca pensei nisso. Na verdade, pensei, mas não levei bem a sério. O que um cara como ele iria querer comigo? Por isso nem me preocupei, e dexei rolar. Só que essa pergunta foi feita hoje pela manhã, e não saiu mais da minha cabeça. E agora estou aqui, mergulhada em pensamentos enquanto ouço uma musiquinha romântica, sem saber o que fazer, sem saber o que falar.
Ele me enlouquece, é fato. Mas é uma loucura boa, daquelas que não precisa ser curada. Não preciso de remédios, não preciso de especialistas: ele é minha loucura e, ao mesmo tempo, a minha solução. Eu gosto do friozinho da barriga quando sei que vou vê-lo, adoro o calor que brota dentro de mim quando vejo-o por perto, e amo quando olhamo-nos nos olhos. Com ele, não me preocupo com o relógio, por mais que os momentos juntos passem rápido demais. Quando ele me olha e sorri, faz todas as minhas preocupações sumirem, e eu só me concentro alí, naquele momento.
Eu não quero perder isso por nada no mundo. Não quero que nada disso mude, quero minha loucura pra sempre. Mas tenho medo das conseqüências. Por mais que quando estamos juntos pareça que nada mais importa, que não há mais ninguém ao nosso redor, tenho que pensar na minha família. Malditos pais, maldita idade. Como eu vou falar pra eles que amo um menino de 20 anos assim, do nada? ♥

sábado, 11 de outubro de 2008

Everything can be better.

Eu achei que ele não ia. Mas eu não poderia perder a oportunidade de ver os caras do PB.
Cheguei na festa nem me importando muito com o fato de não tê-lo comigo. Os amigos dele estavam lá, e ele em casa. Bom, eu estava lá mesmo pelo show, e não muito pela companhia.
Início de festa, sempre monótono. O pessoal vai chegando devagar, cumprimenta os conhecidos com aquele sorrisão e vai à caçada. Uns ficam parados num canto conversando, outros arriscam alguns passos de dança ridículos. E à medida que as horas passam e as doses aumentam, todos ficam cada vez mais alegres e descarados.
Os caras subiram ao palco acho que não era nem 1h da manhã. Meus olhinhos brilharam e eu fiquei superfeliz. Finalmente, eles ao vivo! Gritei, pulei, ri. Eles são demais.
Fiquei um pouco lá e quando o Fetter começou a tocar umas músicas, a Ana me puxou e a gente foi para a outra pista. Subimos no camarote (Thi, obrigado por ter pego pra mim, minha noite não teria sido tão perfeita sem isso) e demos uma olhada por lá. É, realmente tava meio vazio, o que facilitaria pra gente falar com os caras depois. Foi aí que o Morris veio e disse:

- O Cris, e o Psiu?
- Tá em casa. - disse eu, com um olhar meio triste.
- Ahh tá em casa siim. Acabei de cumprimentar ele lá embaixo.

Bom, meu coração deu um pulo. Meus olhinhos brilharam de novo e uma euforia tomou conta de mim. Agora a noite tava perfeita. Tinha como melhorar?
Ahh, tinha. Depois os caras subiram lá no camarote e a gente foi tirar foto com eles. Eu, a Ana e a Taty. As três loucas atrás deles:

  • Porã, superfofo e simpático.
  • Potter, nosso ursinho. (, Ana?)
  • Fetter, o mais locão, com a risada mais engraçada.
  • Cagê, o homem atrás do seu tempo.
  • Maurício, o nosso fotógrafo mais estranho.

Pena que eles ficaram pouco lá. E eu entendo, eles tinham que ir pra Marau fazer outra balada no sábado. Bom, eu só sei que nunca tive uma noite tãããão boa.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Meu erro.

Talvez meu maior erro seja ser fechada demais. Mas eu não consigo me expressar, é como se existisse algo dentro de mim que fica sempre dizendo: "Cris, deixa isso de lado, ninguém precisa saber. Guarda só pra você."
O fato é que isso sempre me prejudica. Eu acabo sempre perdendo algumas chances, acabo sempre magoando pessoas queridas. Por quê? Por que não falo o que sinto. Simplesmente porque elas acabam pensando que eu não gosto delas, e se afastam. Mas eu não consigo! Se vocês soubessem o quanto é difícil...
Parece bobagem, mas às vezes eu queria ser como as garotas "normais". Queria poder chorar sem motivo - ou com -, queria poder quebrar tudo de raiva ou chorar de emoção. Queria poder gritar até ficar rouca, me descabelar por um guri, sentir aquele nervosismo ao fazer algo diferente. Mas isso não acontece. Meu 'eu' não deixa.
Há quem diga que na adolescência nossos sentimentos são confusos, que agimos por impulsão, que somos inconseqüentes. Aí está meu problema: eu penso demais antes de agir. Nunca vou fazer uma loucura, e isso me assusta. Eu não consigo dizer o quanto gosto de uma pessoa, porque penso demais antes e fico com medo de sua reação. Tenho medo do desconhecido, e medo do que conheço demais.
Realmente, eles são confusos demais. Os adolescentes e os sentimentos. E quando digo que o ser humano é um bicho estranho, não acreditam.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Não é amor

Ele faz eu me sentir diferente. Não é como todos os outros, parece ter um tempero a mais. E só de eu saber que ele está a caminho já me atrapalho toda, não penso em outra coisa: fico mole, a garganta seca e o coração dispara. Não é amor, não pode ser. Foi só um beijo e longas conversas, não posso me apaixonar assim... Não fazia parte do script.
Mas a vida nem sempre é um jogo de palavras cruzadas onde tudo se encaixa, e a gente tem que estar sempre preparados para as mudanças. Mas eu me sinto como se fosse a primeira vez, sabe? Nossos olhares se encontram e, tímidos, se dispersam novamente. Os dois inseguros, com medo do que vai acontecer, medo do que pode não acontecer. Estamos caminhando em ovos, não sabemos onde pode parar.
Mas acho que o fato de não tê-lo com tanta facilidade como os outros faz eu gostar dele e desejá-lo cada vez mais. Faz eu me sentir assim, boba, e me leva a fazer e falar coisas que eu nunca me imaginei fazendo. Mas não é amor, não pode ser amor.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Sucesso x Felicidade

Às vezes me sinto deslocada. Sem razão, talvez, porque isso acontece várias vezes, mesmo quando estou com gente conhecida, bem conhecida. Eu não sei, é como se essas pessoas fossem estranhas na minha vida, como se eu estivesse conhecendo-as naquele momento. Talvez até porque muitas me surpreendem, quando revelam outra pessoa dentro de si.
O ser humano é realmente um bicho muito estranho. E a cada dia que eu conheço mais o que cada um é capaz, mais sinto nojo. Sim, sinto nojo de mim também, principalmente. Eu nunca sei quando eu posso amar um pessoa, nunca sei quando devo odiá-la. E nesse vai e vem, muita coisa acontece, alguns saem radiantes, outros nem tanto; mas todos aprendem algo. Ou pelo menos deveriam.
O que eu não entendo, também, é essa nossa luta desenfreada pela felicidade e pelo sucesso. Cada um interpreta essas duas coisas como prefere mas, na minha percepção, eu já encontrei minha felicidade. O sucesso vem, como o passar dos anos, à medida que eu for me tornando feliz. Mas a minha felicidade está bem aqui ao meu lado, quando procuro e vejo que tenho amigas pra me apoiar, pra me criticar e pra rir comigo. Eu vejo que ela existe quando lembro que tenho uma família feliz e que vai estar ao pé da minha cama me cuidando quando eu estiver com febre.
Mas mesmo eu me sentindo um pouco estranha nesse mundinho, meio deslocada, eu gosto. Eu nunca consegui - nem conseguirei - imaginar a vida de outro jeito. Se é pra ser assim, assim será. E isso é viver.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Uma poesia pra descontrair.

"Pode invadir
Ou chegar com delicadeza
Mas não tão devagar que me faça dormir
Não grite comigo, tenho o péssimo hábito de revidar
Acordo pela manhã com ótimo humor
Mas ... permita que eu escove os dentes primeiro
Toque muito em mim
Principalmente nos cabelos
E minta sobre minha nocauteante beleza
Tenho vida própria
Me faça sentir saudades
Conte algumas coisas que me façam rir
Viaje antes de me conhecer
Sofra antes de mim para reconhecer-me
Acredite nas verdades que digo
E também nas mentiras, elas serão raras e sempre por uma boa causa.
Respeite meu choro
Me deixe sozinha
Só volte quando eu chamar
E não me obedeça sempre que eu também gosto de ser contrariada
Então fique comigo quando eu chorar, combinado?
Seja mais forte que eu e menos altruísta!
Não se vista tão bem...
Gosto de camisa para fora da calça,
Gosto de braços
Gosto de pernas
E muito de pescoço.
Reverenciarei tudo em você que estiver a meu gosto: boca, cabelos, cheiros, olhos, mãos...
Leia, escolha seus próprios livros, releia-os.
Odeie a vida doméstica e os agitos noturnos.
Seja um pouco caseiro e um pouco da vida
Não goste tanto de boate que isto é coisa de gente triste.
Não seja escravo da televisão, nem xiita contra.
Nem escravo meu
Nem filho meu
Nem meu pai.
Escolha um papel para você que ainda não tenha sido preenchido e o invente muitas vezes.
Me enlouqueça uma vez por mês
Mas me faça uma louca boa
Uma louca que ache graça em tudo que rime com louca: loba, boba, rouca, boca ...
Goste de música e de sexo
Goste de um esporte não muito banal
Não invente de querer muitos filhos
Me carregar pra a missa, apresentar sua família... isso a gente vê depois ... se calhar ...
Deixa eu dirigir o seu carro, que você adora
Quero ver você nervoso,inquieto
Olhe para outras mulheres
Tenha amigos que se tornem meus amigos e digam muitas bobagens juntos.
Me conte seus segredos ...
Me faça massagem nas costas.
Não fume
Beba
Chore
Eleja algumas contravenções.
Me rapte!

E se nada disso funcionar ...
Experimente me amar!”

(Martha Medeiros)

Medos :O

É como se fosse uma claustrofobia, como se eu fosse uma espécie de elevador. Um elevador enorme, com fundos falsos, alçapões, paredes como as dos filmes do James Bond, que com um toque se abrem e revelam uma biblioteca ou uma sala cheia de armas. Eu me conheço e ao mesmo tempo sei que posso me surpreender a qualquer momento.
Tenho medo de não conseguir manter minhas idéias, meus pontos de vista, minhas escolhas. A minha cabeça é como um guarda que não permite que eu estacione em local algum. Eu fico dando voltas e voltas no meu cérebro e quando encontro uma vaga para ocupar, o guarda diz: circulando, circulando... Eu não tenho área de repouso. Raramente desligo, e quando isto acontece, não dá nem tempo de o motor esfriar.
Não é por outra razão que estou aqui, tentando colocar ordem nestas idéias que vivem em trânsito. Não chego a temer a loucura, no fundo a gente sabe que ninguém é muito certo. Eu tenho medo é da lucidez. Tenho medo dessa busca desenfreada pela verdade, pelas respotas. Eu me esgoto tentando morder meu próprio rabo. Quando estou acostumando com uma versão de mim mesma, surge outra, cheia de enigmas, e vou atrás dela. Tem gente que elege uma única versão de si próprio e não olha mais para dentro. Esses é que são os lunáticos. Eu, ao contrário, quase não olho para fora.
Eu nunca vou fazer uma extravagância, e é isso que me assusta, porque uma piração de vez em quando pode ser muito bem-vinda. Eu não tenho medo de perder o senso. Eu tenho medo é desta eterna vigilância interior, tenho medo do que me impede de falhar. O que me amedronta é essa insistência em me enfrentar.